Você não deveria pagar para publicar seu livro

Tassiane Ribeiro

Se você sonha em publicar seu livro e transformar aquela história que vive na sua cabeça em realidade, este texto é para você! Muitos autores iniciantes, ao adentrar o mercado editorial, podem se deparar com armadilhas capazes de transformar um sonho em um pesadelo. Por isso, é fundamental entender os diferentes tipos de editoras disponíveis e como cada uma delas pode impactar sua jornada como escritor.

Neste artigo, vamos explorar o mercado editorial, diferenciando as opções de publicação: autopublicação, editoras tradicionais, editoras acadêmicas e as temidas editoras "vanity press". Vamos explicar por que essas últimas podem ser a pior escolha para um autor iniciante.

O mercado editorial é complexo e é preciso conhecê-lo!

1. Qual a diferença entre editoras tradicionais, editoras acadêmicas e vanity press?

A principal diferença entre as editoras está em seus objetivos comerciais. As editoras tradicionais são as mais desejadas pelos escritores. Desde grandes grupos editoriais até pequenas editoras independentes, elas buscam publicar obras que possam atrair um público significativo. Muitas vezes, essas editoras já têm um portfólio de autores consagrados, mas também abrem espaço para novos talentos.

As editoras acadêmicas, por sua vez, publicam obras que podem não ter um grande apelo comercial, mas que são relevantes em áreas de pesquisa. Elas estão ligadas a instituições acadêmicas e não cobram dos autores, sendo financiadas por editais.

Em contraste, as editoras "vanity press" operam de maneira diferente. Elas se parecem com editoras tradicionais, mas, na verdade, são prestadoras de serviços que lucram com o dinheiro dos autores, não com a venda dos livros. Isso significa que, se você for selecionado por uma vanity press, provavelmente terá que arcar com todos os custos de produção.

2. Por que as editoras "vanity press" só querem seu dinheiro?

As editoras "vanity press" podem parecer uma solução rápida e fácil para a publicação do seu livro, mas elas têm um foco muito diferente. Enquanto as editoras tradicionais se preocupam com a venda de livros, as vanity press lucram com os serviços que oferecem aos autores. Isso significa que elas não têm interesse genuíno em vender suas obras.

Essas editoras podem entrar em contato com você, alegando que seu livro foi "selecionado", mas, na verdade, elas aceitam qualquer autor disposto a pagar. Os custos podem incluir revisão, diagramação, impressão e até a compra de uma quantidade mínima de livros. Além disso, os direitos autorais podem ficar com a editora por anos, limitando sua autonomia.

3. Como saber se você foi fisgado por uma vanity press?

É fácil cair na armadilha de uma vanity press, especialmente se você não está familiarizado com o mercado editorial. Para evitar isso, faça uma pesquisa simples no Google sobre a editora. Verifique o catálogo de obras publicadas e procure por reclamações ou feedbacks de outros autores. Se as obras parecerem amadoras ou pouco atrativas, isso pode ser um sinal de alerta. Lembre-se: você não precisa pagar para ser publicado. Editoras sérias não cobram dos autores.Quais Opções Você Tem?Se as editoras tradicionais não se interessarem pelo seu original, não desanime! A publicação independente tem sido uma grande aliada dos escritores. Muitos já experientes na área e publicados por editoras tradicionais têm optado por essa forma de publicação, que possibilita maior autonomia em todo o processo.

Um autor independente pode assumir a responsabilidade por outras etapas da produção gráfica do livro, como ilustração de capa, diagramação, upload em plataformas de e-books etc.. É muito comum contratar freelancers para executar o projeto, gráficas independentes. Financiamentos coletivos também são uma excelente ideia: se houver uma campanha publicitária realmente efetiva, seu livro pode alcançar um grupo considerável de leitores que não serão somente consumidores, mas um público disposto a investir na sua causa.

Contudo, é importante ter em mente que o seu manuscrito ainda pode precisar de muito trabalho. A sua ideia genial e revolucionária pode ainda estar na etapa de rascunho. Nessas horas, antes de expor a obra para Deus e o mundo, vale a pena buscar a opinião de outras pessoas. Um leitor beta, um agente literário, um curso de aperfeiçoamento, por exemplo, podem ser as ferramentas necessárias para lapidá-la.